Heaven

Quando conheci a Candy, parecia que eram os dias de fartura. Quando tudo vinha em abundância.

Pássaros enchiam o céu. Uma grande bondade ruía dento de nós.

- Quero experimentar do seu jeito dessa vez. E acho que quero experimentar na banheira.

- Merda! Ela teve overdose! Ei, Candy? Candy? Candy? Olhe para mim. Você acordou!

O futuro era algo que brilhava. O presente era muito, muito bom. Eu não queria estragar a vida dela. Só queria melhorar a minha.

Casper era o pai que todo mundo queria ter. Do tipo que deixa beber refrigerante e chupar pirulito.

Quando você consegue parar, não quer. Quando você quer parar, não consegue.

- E se fosse essa, Candy?

- Essa o quê?

- A última vez...

- Esse anel era da minha avó.

- Não vamos vender. Só penhorar. Depois a gente pega de volta.

- Consegui $25,00. Vou voltar lá! Ele disse que faria acordo...

- Sim, eu transei com ele! $50,00. Ele fedia.

- Você ta legal?

- Sim.

- Sinto muito.

- Não sinta.

E eis aqui, o segredo mais profundo que ninguém conhece. Eis a raiz da raiz e o broto do broto.

E o céu do céu de uma grande árvore chamada vida. Que cresce mais do que a alma pode esperar ou a mente esconder. E esta é a maravilha que mantém as estrelas distantes. Carrego seu coração comigo. Carrego-o no meu coração.

- Casa comigo?

- Seremos homem e mulher. Um só.

Claro que aquele fim de semana foi recheado de drogas. Todo noivo precisa estar relaxado.

- Somos as pessoas mais bacanas do McDonald's.

Nosso futuro era promissor. Encontramos a cola secreta que mantinha tudo junto num lugar perfeito onde o barulho não atrapalhava. Nosso mundo estava tão completo.

***

P.S Continua no próximo post (28/07/10)
P.S² Autor desconhecido

Something else

Estudante do último ano do ensino médio, Sophia foi fazer uma entrevista na universidade em que sua carta fora bem recebida.
Estudou por semanas o que diria quando o reitor a perguntasse quem ela era, ensaiava na frente do espelho com a escova na mão, gravava e dormia ouvindo sua resposta, por fim de três semanas ela já repetia isso até para as paredes.
Chegado o dia da entrevista, Sophia viajou por sete, das oito horas que a separava da universidade, quando um carro caído no barranco chamou a sua atenção, imediatamente saiu de seu veículo e foi ver, mesmo sabendo dos riscos que sua atitude pedia Sophia não se importou, descendo o barranco, eis que uma arma lhe é apontada por trás das costas, e na sua frente uma senhora com um segundo homem lhe segurando outra arma na cabeça. Os ladrões as seguram com violência, e retiraram todo o dinheiro de Sophia, o que já haviam feito com a senhora, finalizado o roubo, jogaram as coisas das duas no chão e perguntaram a Sophia quem deveria voltar pra casa, a senhora que já viveu toda uma vida, ou ela que estava ali cheia de vigor, e o que somente ela sabia, cheia de sonhos.
Quando os ladrões se foram, a senhora chamou a ambulância, Sophia já estava morta. Foi então que revirando a bolsa da menina, a senhora tira de dentro dela uma carta de admissão da Universidade de Haward, com uma entrevista marcada dentro de cinco minutos. A mulher no mesmo instante corre para o campus e chegando lá, entra como se fosse parente da jovem para justificar sua ausência, pede ao reitor que prossiga com o procedimento pelo menos até a pergunta crucial, comovido com a situação de clemência da senhora, ele pergunta: Quem é Sophia? A senhora em lágrimas responde: é uma menina com algo a mais.

"We can be the people with something else in this world"

Isto não é uma desculpa

09 de junho de 2010.

Sim, a Laís Brum está correta. Ela tem motivos de sobra para estar chateada. Afinal, o Yoki, um espaço totalmente excelente e democrático está sendo descartado por seus colaboradores. Por alguma razão que ninguém veio explicar ainda. Alguns deram um tempo, outros desistiram. E isso é bom.

Sim, acho que com o gargalo estreitando, a gente vai ter mais qualidade aqui. Cléber Machado, locutor da Tv Globo, em entrevista ao jornalista José Ilan, do GloboEsporte.com afirmou que sua grande ressalva era com a internet é o fato dela não requerer responsabilidade. Escreve-se o que quer, quando quer, sem explicar, e em grande parte dos textos, há o anonimato, criando uma terra sem lei, onde ganha quem grita mais alto, parece ser a excelência sobre determinado assunto com a intolerância fundamentalista.

Infelizmente, o Yoki estava caindo na vala comum da internet. Parece que tudo aquilo que foi idealizado na fundação do blog estava sendo abandonado. Mudar é preciso, tornar-se comum e vulgar não. E todos nós estamos sujeitos a isso.

Que a gente se livre do ridículo; sabendo a hora de não pipocar, à pipocar qualquer coisa aqui.