O capitalismo move o mundo moderno. Certo, e quem sou eu para discordar disso?! Afinal, ele é necessário para se ditar algumas regras e colocar ordem na casa. Porém, o que ele é ou como é visto?! Seria mesmo o capitalismo um vilão da sociedade e o estopim da desigualdade social? Ou seria o homem, que mergulha nessa prática, se afoga e hesita em pedir socorro?
O ponto de vista aqui não é focado no sistema atual que move a maior parte do mundo, mas sim na humanidade que não se contenta com pouco, que busca o status como forma de sobrevivência, que valoriza o dinheiro mais do que a própria vida. Aquele homem que passa horas planejando como adquirir mais dinheiro (quando muitas das vezes já tem mais do que o necessário) ao invés de dedicar horas planejando um final de semana com a família; aquele que tem tempo de sobra para discutir os índices da bolsa de valores mas não sobra tempo para retribuir o abraço de um filho que o espera chegar do trabalho; aquele que se faz superior a todos e não mede esforços para ganhar mais, mesmo que para isso é preciso prejudicar o próximo; aquele que age com frieza ao menosprezar o trabalho de um flanelinha ou um gari (afinal até o renomado repórter Boris Casoy fez isso em cadeia nacional); enfim... aquele mesmo indivíduo que não consegue compreender a luta de uma família de classe baixa que tenta sobreviver com a metade de um salário mínimo e a bondade dos outros (até porque também não dá para generalizar e dizer que no meio disso tudo não haja mais pessoas que preguem a solidariedade).
Cá entre nós, a questão não é o sistema operante (capitalismo, socialismo, ou o que mais for), mas sim a humanidade que distorce o sistema e a visão de mundo atual. A indignação é com o homem que, enquanto sobe degraus, pisa em quem ele encontra pelo caminho, se esquecendo da hipótese de que um dia, quem sabe, poderá encontrá-los na descida. A verdade é que enquanto o homem faz do capitalismo a razão de todos os males, ele (sem perceber, ou não) vai se tornando cruel e racional em algumas de suas atitudes.
Há uma música do Titãs que retrata um pouco disso. Em um dos seus versos ela diz "Homem Primata / Capitalismo Selvagem / Eu aprendi / A vida é um jogo/ Cada um por si". Lendo esses três últimos versos eu me pergunto: Será mesmo o capitalismo que é selvagem ou ele só foi usado como um adjetivo no lugar errado a fim de amenizar um pouco as coisas?! Se for parar para analisar grande parte (não toda) da música, até o próprio autor tentou camuflar algo que está gritante na letra, demonstrando a visão de fora sobre alguém que se encaixa em todo esse esquema.
Não estou aqui defendendo o capitalismo e colocando-o nas alturas. O problema nele e nem no seu elemento chave chamado capital, mas sim na ganância e soberba que invade e contamina, cada vez mais, a mente humana. Não vai ser uma mudança de sistema econômico que trará a solução de todos os porquês. Muito menos a escolha de um líder político com uma receita e método em mãos a serem seguidos.
Eu prefiro acreditar, mesmo que ainda, que a resposta é simples e pode ser encontrada no pouco de consciência, dignidade, ética e moral enterradas em algum lugar do coração e cérebro humano.
O ponto de vista aqui não é focado no sistema atual que move a maior parte do mundo, mas sim na humanidade que não se contenta com pouco, que busca o status como forma de sobrevivência, que valoriza o dinheiro mais do que a própria vida. Aquele homem que passa horas planejando como adquirir mais dinheiro (quando muitas das vezes já tem mais do que o necessário) ao invés de dedicar horas planejando um final de semana com a família; aquele que tem tempo de sobra para discutir os índices da bolsa de valores mas não sobra tempo para retribuir o abraço de um filho que o espera chegar do trabalho; aquele que se faz superior a todos e não mede esforços para ganhar mais, mesmo que para isso é preciso prejudicar o próximo; aquele que age com frieza ao menosprezar o trabalho de um flanelinha ou um gari (afinal até o renomado repórter Boris Casoy fez isso em cadeia nacional); enfim... aquele mesmo indivíduo que não consegue compreender a luta de uma família de classe baixa que tenta sobreviver com a metade de um salário mínimo e a bondade dos outros (até porque também não dá para generalizar e dizer que no meio disso tudo não haja mais pessoas que preguem a solidariedade).
Cá entre nós, a questão não é o sistema operante (capitalismo, socialismo, ou o que mais for), mas sim a humanidade que distorce o sistema e a visão de mundo atual. A indignação é com o homem que, enquanto sobe degraus, pisa em quem ele encontra pelo caminho, se esquecendo da hipótese de que um dia, quem sabe, poderá encontrá-los na descida. A verdade é que enquanto o homem faz do capitalismo a razão de todos os males, ele (sem perceber, ou não) vai se tornando cruel e racional em algumas de suas atitudes.
Há uma música do Titãs que retrata um pouco disso. Em um dos seus versos ela diz "Homem Primata / Capitalismo Selvagem / Eu aprendi / A vida é um jogo/ Cada um por si". Lendo esses três últimos versos eu me pergunto: Será mesmo o capitalismo que é selvagem ou ele só foi usado como um adjetivo no lugar errado a fim de amenizar um pouco as coisas?! Se for parar para analisar grande parte (não toda) da música, até o próprio autor tentou camuflar algo que está gritante na letra, demonstrando a visão de fora sobre alguém que se encaixa em todo esse esquema.
Não estou aqui defendendo o capitalismo e colocando-o nas alturas. O problema nele e nem no seu elemento chave chamado capital, mas sim na ganância e soberba que invade e contamina, cada vez mais, a mente humana. Não vai ser uma mudança de sistema econômico que trará a solução de todos os porquês. Muito menos a escolha de um líder político com uma receita e método em mãos a serem seguidos.
Eu prefiro acreditar, mesmo que ainda, que a resposta é simples e pode ser encontrada no pouco de consciência, dignidade, ética e moral enterradas em algum lugar do coração e cérebro humano.
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