10 de novembro de 2009.
O que um dia foi real, hoje reproduzido em um ato simbólico. A comemoração de 20 anos da queda do muro de Berlim me fazendo delirar e pensar como amo simbolismos. Quem diria que o muro de Berlim ia um dia me inspirar.
Sabe-se lá o que se passa na cabeça dos alemães nessa época, na minha vem capítulos e capítulos de história estudados com pressa para a prova do professor que logo entrará na sala de aula. Em 1989 eu não havia nascido e mesmo que o processo de mudança de tornar a Alemanha em uma única Alemanha fosse demorado, eu era nova demais para entender ...
Não significou apenas um muro, significava mudanças. Alguém deve ter chorado na hora da comemoração, alguém se emociona sempre quando pensa o que um dia isso quis dizer.
Também como tendência literária, o simbolismo se opõe ao realismo. Eles assim como a queda do muro de Berlim, acabam com tudo o que existe de concreto. Mas ao ver, é tão real quanto o que se mostra tão fácil tocar. É mais poético, mais interessante e subjetivo.
É sobre o que significa trocar as alianças na hora do casamento. Sobre o que significa soprar as velinhas no dia do aniversário. Sobre o que significa dizer “sempre é sempre” em um momento de esperança de um sentimento não acabar,nunca. É deixar implicito comemorações, momentos, sentimentos, pensamentos.
Por mais que às vezes se perceba que em horas se mostram tão vazios e tão sem importancia quanto um ovo de Pascoa e um Papai Noel, eles procuram algo mais profundo do “eu”, do inconsciente, o sonho. Para quem verdadeiramente sente, os simbolismos são reais e qualquer realidade se torna um simbolismo.
3 comentários on "Do concreto ao simbólico"
"Para quem verdadeiramente sente, os simbolismos são reais e qualquer realidade se torna um simbolismo."
;)
Ainda bem que o muro passou de concreto a simbólico, porque a outra opção seria passar de concreto a gesso.
Às vezes acho os simbolismos desnecessários. Às vezes acho fantásticos. Acho que isso tudo é porque eles, na verdade, são simbolismos.
PS.: Pelo menos em Berlim, há 20 anos, ninguém mais fica em cima do muro.
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