quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Natalidade

pipocado por Neto às 12:14:00 PM
O assunto de hoje não é nada tão novo como também não é nada tão velho.
Este bimestre estamos estudando natalidade e mortalidade nas aulas de geografia, um assunto que antes eu não levava muito a serio, não depois de ter lido uma entrevista com o saudoso Dr. Drauzio Varella.
Hoje esse problema é grande no Brasil, são famílias desestruturadas sem planejamento familiar, os pais se separam deixam quatro filhos no mínimo para mulher cria. A mulher mora na favela, tem quatro ou cinco filhos, tem que trabalhar... Quem cuida dessas crianças? Aí vão os moleques fazer malabarismo no sinal. Tá na cara que esse alto índice de natalidade tem ligação com a violência. Mas não se pode falar. As pessoas que chegam a uma posição em que podem tocar nesse tema se calam, porque é mais cômodo.
Alem de varias propagandas sobre anticoncepcionais, preservativos a população tem que se conscientizar do problema. Não tem cabimento dar orientação sexual para uma menina de classe média, dar acesso aos métodos anticoncepcionais quando começa a vida sexual, e para a que nasce na favela não dar orientação, nem acesso a anticoncepcionais. Ela já vive na favela, em condições precárias, e ainda vai ter filho aos 14 anos? Qual a chance dessa criança?
Não podemos aqui criticar os políticos.
No ano passado o secretário de saúde do Rio lançou um programa de distribuição por correio de anticoncepcionais para menores cadastradas, mas o prefeito vetou após protestos, entre o povo da Igreja Católica.
Como você quer que uma mulher não engravide se não a conhecimentos e métodos da parte dela para evitar a gravidez?
Dizem que a menina da favela engravida porque não presta, quer começar a vida sexual com 14 anos. A de classe média também não começa? Aí se manifesta o verdadeiro preconceito sexual contra os pobres: a menina grávida na favela é sem-vergonha; a de classe média que sai cada noite com um namorado, mas toma pílula, é de família.

14 comentários on "Natalidade"

Gabriela Leite on 18 de novembro de 2009 às 17:37 disse...

"...a menina grávida na favela é sem-vergonha; a de classe média que sai cada noite com um namorado, mas toma pílula, é de família."

Pior que é verdade mesmo.

Anônimo disse...

"...mas o prefeito vetou após protestos, entre o povo da Igreja Católica."

Esse é o fundamentalismo em sua versão ocidental. Extremimsmo mata. Na verdade, talvez ele seja a maior causa de mortes, seja religioso, antirreligioso, político etc.

Anônimo disse...

E um feliz natal!





para a criança que for bem-vinda

Carolina Medina on 18 de novembro de 2009 às 19:45 disse...

Adolescentes não eram pra ter uma vida sexual, mas o governo, os pais e tudo mais ficam distribuindo camisinhas, parece que eles gritam: FAÇAM, FAÇAM!
Não deveriam vender camisinha pra pessoas não-casadas HSUAHSAUSHA
pronto, fim do problema :)

Carlos Victor on 18 de novembro de 2009 às 22:21 disse...

Quando eu assumir como KingSize , mudarei o tema posto em questão...

Thiago Soneca on 19 de novembro de 2009 às 14:45 disse...

Queria muito poder falar de uma forma bonita sobre esse tema
mas é meio complicado
hoje ao invés de brincar de bonecas as meninas brincam com o boneco e os garotos ao inves de carrinho sao ensinados a brincar de medico
criança é criança e ponto
mas resolver esse problema é complicado
porque mesmo com todas essas informacoes nao temos a real clareza da dimensao desse problema
é fácil falar de fora
mas seria necessario estar dentro pra ter uma opiniao mais firme
no entanto , nao é por isso que devemos ficar calados
devemos nos envolver mais
nos jogar nesse problema
aí, talvez acharemos uma solucao para isso
mas por enquanto achu que uma bomba atomica de dimensao mundial resolveria
as minhas ironias nao mudam o mundo
mas, as minhas atitudes ... tambem nao
mas podem melhorar a vida de alguem
e por enquanto isso é o suficiente
nao devemos esquecer da educacao que damos as nossas crianças
"nossas criancas" pq ja chegou na hora de crescermos

Anônimo disse...

Sim, chegou a hora de crescermos. O problema é todo mundo achar uma definição única de maturidade ou de qualquer outra coisa.

Nessas ocasiões é que aparece o problema de assuntos polêmicos: eles são polêmicos.

Fábio Bruno on 20 de novembro de 2009 às 11:27 disse...

eu sou um pouco contra essas coisas, as desgraças sempre existiram e sempre tem por aí, mas eu só penso nelas se for pra fazer alguma coisa para mudar, só falar para termos a consciencia isso eu nao gosto nao
se eu nao posso ajudar, nao vou mandar alguem no meu lugar e nem vou ficar lamentando.

Pércio Faria Rios on 21 de novembro de 2009 às 15:39 disse...

Queria esclarecer um fato: o Brasil não é um Estado laico, por mais que se diga. Algumas igrejas ainda travam certas atitudes do governo e o ensino religioso nas escolas (pelo menos aqui em Itaperuna) é ministrado como se só existissem cristãos (Por favor, não se ofendam).
Acho que o grande problema dos homens é pensar com a cabeça de baixo e das mulheres, permitirem que isso aconteça.
A menina de baixa renda tem acesso a meios contraceptivos. Mas sendo complacentes, podemos aceitar que ela não saiba disso. Ainda assim, creio que seja quase impossível alguém com seus plenos 14 anos não saber que o encontro do pênis com a vagina, à luz de velas, ao som de funk, ou não, pode gerar uma criança; e pior, uma criança sem condição alguma de ter um crescimento saudável, tanto físico quanto mental.
Quanto aos defensores da abstinência, proponho a castração; ainda vivemos no país do Carnaval.

Beijão pra todos.

PS.: Soneca, você não sabe como seu comentário ficou ambíguo com essa coisa de "não da pra saber de fora, só de dentro." Acredito que esse seja um outro grande problema.
rsrs

Anônimo disse...

"se eu nao posso ajudar, nao (...) vou ficar lamentando" = "fodam-se"?

e, no caso, pode-se dizer literalmente.



ps.: eu também percebi isso no comentário do Soneca, hauhauhaa

Thiago Soneca on 23 de novembro de 2009 às 15:57 disse...

ahuauhuah
ficou ambiguo mesmo

mas tipo
nao acho que o real problema seja a divulgação de metodos contraceptivos.
meus primos de dez anos ja sabem a possivel consequencia do ato sexual
e sabem que uso de n metodos previnem-a
a questao é: "Ela já vive na favela, em condições precárias, e ainda vai ter filho aos 14 anos?"
creio que o foco nao seja adolescentes gravidas mas sim adolescentes de baixa renda gravidas
foi o que quis dizer com "mas resolver esse problema é complicado
porque mesmo com todas essas informacoes nao temos a real clareza da dimensao desse problema"
vejo que o problema esta na estrutura familiar que hoje persiste entre pessoas carentes
é facil falar que é só usar preservativo e pronto
mas nao sabemos a vida dessas pessoas
os problemas que elas infrentam
e sem duvida nenhuma
sao bem mais graves doque os que enfrentamos
quer fazer um teste?
mude-se para uma favela onde o trafico é visivel a todos
no entanto ninguem faz nada
e quem sabe um conhecido ou ate parente tenha sido pego por uma bala perdida
ou ate entrado para o crime
qual sera o rumo da sua vida se isso acontecer?
é oque acho

Thiago Soneca on 23 de novembro de 2009 às 16:21 disse...

quando li o texto foquei bem nisto
"Hoje esse problema é grande no Brasil, são famílias desestruturadas sem planejamento familiar, os pais se separam deixam quatro filhos no mínimo para mulher cria. A mulher mora na favela, tem quatro ou cinco filhos, tem que trabalhar... Quem cuida dessas crianças? Aí vão os moleques fazer malabarismo no sinal. Tá na cara que esse alto índice de natalidade tem ligação com a violência."
é diferente de uma adolescente gravida

concertando um erro
"e quem sabe um conhecido ou ate parente SEU tenha sido pego por uma bala perdida,
ate entrado para o crime dentre outras coisas que podem acontecer
qual sera o rumo da sua vida se isso acontecer?"

InTheZone ; on 29 de novembro de 2009 às 13:21 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
InTheZone ; on 29 de novembro de 2009 às 13:23 disse...

Respondendo ao Soneca, que nem conheço, UHAUAH
Um erro não justifica outro. Existem adolescentes de baixa renda, sem planejamento familiar, com a vida quase acabada pelo lugar em que vivem ou melhor, sobrevivem, com o tráfico acabando com sua família, que dão a volta por cima apesar de tudo. Tudo é uma questão de consciência e força de vontade. É a minha opinião. Claro, é mil vezes mais difícil pra essa adolescente "ser alguém na vida" (no sentido de se realizar, e não ganhar dinheiro) do que pra nós que estamos discutindo este problema. Mas, enfim, quem realmente quer sair desta situação, consegue, mesmo que tenha que lutar o dobro para isso. E também não adianta o governo tentar resolver essa situação, que a fundo, ele não conhece verdadeiramente.

 

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