Já era madrugada, o rádio estava ligado, e motivada pelas melodias que de lá saiam começaram-se seus momentos de reflexão:
Oito anos depois e a primeira semana do mês de janeiro a levara de volta ao lugar onde nasceu e cresceu até seus 12 anos de idade. Sem dúvidas, foi uma boa viagem com aquelas coisas de sempre: rever parentes, revisitar lugares, reencontrar valores e princípios, sentir o clima de estrada, e entender mais uma vez que o tempo passa mas as origens são eternas. Realmente foi um ótimo passeio... porém, assim como muitas vezes, também foi um pouco estranho.
Tudo por lá continuara a mesma coisa de antes (a casa, os lugares, as escolas, as igrejas, as praças, os shoppings, as lanchonetes e até algumas pessoas). E mais uma vez, ela se indagava por qual motivo ou razão aquela gente parecia ter se estacionado no tempo. Será que tudo realmente havia parado?! Ou Será então que as coisas por lá pareciam ter se desligado tanto dela ao ponto de não se achar pertencente ou acostumada 100% a uma vida habitada naquela cidade aparentemente 'grande'?!
Por outro lado, meio que ironicamente até, sua vida na atual cidade pequena parecia ter se deslanchado o bastante nesses últimos anos. Fizera e conquistara muita coisa. A marca de seus pés se registrava e impregnava a cada dia mais naquele solo. Ela sabia que havia construido mais história nesta cidade do que naquela que 'trouxe-a' ao mundo.
E em meio a isso tudo, vasculhando suas bagagens, ela encontrou um vestígio de saudade e vontade em saber como seria e estaria sua vida caso ela nunca tivesse optado e aceito ir parar numa cidade do interior do estado. Uma leve curiosidade em descobrir se suas escolhas, planos e oportunidades seriam os mesmos, e quais pessoas estariam ao seu lado hoje. Desejou ter uma espécie de controle remoto capaz de levá-la até o 'outro lado' da história só por alguns instantes, apenas para saciar o desejo de saber algo que para ela era/é imprevisível. Porém, caiu em si e se recordou de que ainda não haviam inventado uma tecnologia capaz de tal proeza. Que bom né?! Vai que nessa visita instantânea ela se perca no caminho de volta e... (Afinal, o que é imprevisível também é surpreendente).
Conclui então que não havia nada a entender, compreender ou prever. A curiosidade passaria assim como nas outras vezes. E como tudo que acontece tem um propósito, optou por se conformar com a velha história que se algo impacta na vida ao ponto de mudá-la radicalmente é porque tinha de acontecer, e um dia as peças tentariam se encaixar num infinito quebra-cabeça ou em uma espécie de jogo de tabuleiro cuja finalidade é avançar cumprindo, ou não, as regras. Nada mais que um instingante desafio para aqueles que, inteligentemente, se rendem a ele.
Por vez, cansou de pensar e decidiu ir se deitar. E como que num frenesi, o rádio ainda ligado, lançou-lhe os versos de uma canção: "Escolha uma estrada e não olhe, não olhe pra trás".
Oito anos depois e a primeira semana do mês de janeiro a levara de volta ao lugar onde nasceu e cresceu até seus 12 anos de idade. Sem dúvidas, foi uma boa viagem com aquelas coisas de sempre: rever parentes, revisitar lugares, reencontrar valores e princípios, sentir o clima de estrada, e entender mais uma vez que o tempo passa mas as origens são eternas. Realmente foi um ótimo passeio... porém, assim como muitas vezes, também foi um pouco estranho.
Tudo por lá continuara a mesma coisa de antes (a casa, os lugares, as escolas, as igrejas, as praças, os shoppings, as lanchonetes e até algumas pessoas). E mais uma vez, ela se indagava por qual motivo ou razão aquela gente parecia ter se estacionado no tempo. Será que tudo realmente havia parado?! Ou Será então que as coisas por lá pareciam ter se desligado tanto dela ao ponto de não se achar pertencente ou acostumada 100% a uma vida habitada naquela cidade aparentemente 'grande'?!
Por outro lado, meio que ironicamente até, sua vida na atual cidade pequena parecia ter se deslanchado o bastante nesses últimos anos. Fizera e conquistara muita coisa. A marca de seus pés se registrava e impregnava a cada dia mais naquele solo. Ela sabia que havia construido mais história nesta cidade do que naquela que 'trouxe-a' ao mundo.
E em meio a isso tudo, vasculhando suas bagagens, ela encontrou um vestígio de saudade e vontade em saber como seria e estaria sua vida caso ela nunca tivesse optado e aceito ir parar numa cidade do interior do estado. Uma leve curiosidade em descobrir se suas escolhas, planos e oportunidades seriam os mesmos, e quais pessoas estariam ao seu lado hoje. Desejou ter uma espécie de controle remoto capaz de levá-la até o 'outro lado' da história só por alguns instantes, apenas para saciar o desejo de saber algo que para ela era/é imprevisível. Porém, caiu em si e se recordou de que ainda não haviam inventado uma tecnologia capaz de tal proeza. Que bom né?! Vai que nessa visita instantânea ela se perca no caminho de volta e... (Afinal, o que é imprevisível também é surpreendente).
Conclui então que não havia nada a entender, compreender ou prever. A curiosidade passaria assim como nas outras vezes. E como tudo que acontece tem um propósito, optou por se conformar com a velha história que se algo impacta na vida ao ponto de mudá-la radicalmente é porque tinha de acontecer, e um dia as peças tentariam se encaixar num infinito quebra-cabeça ou em uma espécie de jogo de tabuleiro cuja finalidade é avançar cumprindo, ou não, as regras. Nada mais que um instingante desafio para aqueles que, inteligentemente, se rendem a ele.
Por vez, cansou de pensar e decidiu ir se deitar. E como que num frenesi, o rádio ainda ligado, lançou-lhe os versos de uma canção: "Escolha uma estrada e não olhe, não olhe pra trás".
1 comentários on "Go Ahead!"
adoreeei senhora Lílian, obs.: saudades moça!
Postar um comentário