quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Em Brasília, dezenove horas

pipocado por A. às 12:42:00 PM
10 de dezembro de 2009.


Vejo muita televisão. O que passa na televisão e não consigo ver, acabo vendo na internet. É para isso que existe Youtube e aqueles maravilhosos sites ilícitos (não estou falando de pornografia) que me ajudam acompanhar seriados que não posso assistir normalmente. Sobre internet? Sou viciada no Google, Kibeloco, Tutty Vasques, dou uma fuçada no twitter dos outros, no blog alheio e sim: gracias Wikipédia! Afinal, tem ou não acento no Wikipedia?

Jornal, útil não apenas para quando meu cachorro era pequeno e tínhamos que ensina-lo a fazer as necessidades em um lugar só. Escuto rádio com frequência pela manhã (não apenas músicas). Uso o telefone freneticamente. Vou ao cinema sozinha e me sinto em outro mundo.

Se fosse trabalhar em algo que me desse êxtase, trabalharia em um jornal. Seria colunista talvez. Crítica de alguma coisa. Criticaria críticos! Escreveria para as pessoas. Sim, sou completamente apaixonada pela mídia. Conheço seus prós e seus contras. Sei como eles usam a psicologia para manipular, conseguem filmar uma rua e faz você acreditar que a cidade está completamente em ruínas. Se quisessem, poderiam conseguir abafar uma revolta e ninguém na sua casa notaria. Mas sem ela, só saberíamos da independência do Brasil por pombo correio. Os escravos estariam trabalhando enquanto sentados esperaríamos alguém vir à cavalo nos contar as boas novas.

Já elegemos um presidente pela ajuda da mídia - vai me dizer que não se lembra do Collor? E acredito que os alagoanos que o elegeram para senador deveriam ler jornais ou pesquisar na internet algo com a palavra-chave: político deposto. Getúlio Vargas usou a rádio criando a "Hora do Brasil", que conhecemos hoje como "Voz do Brasil", aquele cara que fala o tempo todo e nos impede de escutar nossa música preferida dentro do engarrafamento na hora do rush.

Existem inutilidades, futilidades. Existem também fontes indispensáveis de notícias, entretenimento (seja para seriados sobre insetos nojentos ou noites com pianistas cegos). Existem coisas completamente manipuladas e a informação simples (contando que somos capazes de não ficar presos apenas ao nosso bom Jornal Nacional e contando que o Willian Bonner vale realmente a pena). E sim, "para cada Marília Gabriela, criamos trinta e quatro Zinas", o que significa que precisamos da mídia até para entender as piadas do excelente texto do Elvino e concordar no final de tudo que "A Fazenda" é um bom motivo para desistir do homem. Esperaremos o Apocalipse sendo noticiado na tv e morreremos de rir com as piadinhas do CQC nosso de todas as segundas.

1 comentários on "Em Brasília, dezenove horas"

Gabriela Leite on 11 de dezembro de 2009 às 11:08 disse...

Agora que eu parei pra pensar. Wikipédia é uma palavra bem complicada. Alguns lugares falam que tem e outros falam que não tem. É um grande assunto a se discutir.

 

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